A autoconfiança é a maneira como nos medimos a nós mesmos, a perceção do nosso valor, e tem um impacto gigante na vida académica das crianças, na maneira como se relacionam com os outros e no seu equilíbrio emocional, em geral.
Crianças com uma autoconfiança alta demonstram ser mais resilientes e ter maior facilidade em autorregular-se, além de uma maior habilidade para tomar decisões (independentemente da pressão dos seus pares).
Estudos no campo da psicologia já demonstraram que a autoconfiança não é algo que temos como fixo (como aliás a maior parte das capacidades que o ser humano tem). Como pais, educadores ou terapeutas, há um sem número de maneiras que temos de desenvolver esta peça tão importante do puzzle humano e hoje trago 3 atividades para o fazermos.
1. Criar um kit de afirmações
Esta atividade pode ser desenvolvida em grupo ou individualmente e consiste em escrever frases positivas num diário, ou separadamente em cartões que podemos depois colar num espelho, no frigorifico ou num quadro branco.
Devemos encorajar os mais pequenos a revisitar as afirmações – diariamente, por exemplo – e ajudá-los a construir um discurso que se alinha com este tipo de frases, positivo e construtivo.
A Bee Shanti tem uns cartões que podem imprimir gratuitamente, as vezes que quiserem, para que as crianças possam construir as suas afirmações.
Vejam também o poder das afirmações neste post.
2. As minhas forças
É muito comum, em aulas ou com clientes, perguntar quais são as forças da pessoa que tenho à minha frente e ouvir a resposta ‘qualidades não sei. Se me perguntasses defeitos, tinha muitos, mas qualidades...’
Se para os adultos esta tarefa é difícil, imaginemos para as crianças.
É frequente sentirmos pressão para agir, pensar e até sentir como outras pessoas, mas é muito importante estarmos conscientes de quem somos e do que realmente temos.
Então a proposta é de convidarem as crianças a escreverem as suas forças no topo de uma folha branca. (Podem dar-lhes a escolher do baralho de Super Poderes da Bee Shanti, como auxílio.) De seguida, por baixo de cada uma delas, convidem-nos a refletir alturas em que usaram essas forças, ou como as pretendem usar no futuro.
Como exercício final, podem pedir para escolherem uma que queiram usar hoje, e pedir para que se foquem nela durante o dia para a usar.
No dia seguinte, começar com a partilha de como a usaram é uma ótima maneira de começar uma aula de uma maneira muito positiva.
3. Uma carta de amor para mim mesmo
O exercício anterior pode ser um bom estímulo para o início de uma carta de amor em que o destinatário é a própria criança. O ideal é que a criança identifique as suas forças e em que maneira elas lhe são benéficas, que se foque nas suas habilidades e talentos e o expresse por escrito.
Convidem-nos a pensar no que mais gostam em si mesmos, nas qualidades que os fazem sentir únicos, fortes e amados.
Acompanhem o processo e identifiquem crianças que possam ter mais dificuldades em construir esta carta e dêem-lhes o apoio necessário, dando exemplos concretos de momentos em que usaram forças de que eles possam não estar conscientes.
Com estes exercícios, vão ajudá-los a encontrar conforto e confiança na sua individualidade, dando-lhes mais força para se desenvolverem da maneira que querem.
Conhecem outros exercícios do género? Há alguma pergunta que tenha ficado? Contactem-nos em oficina.beeshanti@gmail.com
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